Compreender as ligações entre proteção do ambiente natural e salvaguardar a saúde humana é a chave para um desenvolvimento sustentável em África.
MAIS RECURSOSÉ profundo o impacto do ambiente no indivíduo e saúde da comunidade. Em lado algum essa realidade é mais fortemente sentida do que no continente Africano, onde uma grande proporção do fardo da doença é determinado pelos fatores ambientais e onde muitas pessoas e comunidades vivem em habitats extremamente vulneráveis à alteração ambiental.
África tem sido afetada a muito tempo por problemas relacionados com infraestruturas deficiente, saneamento inadequado e acesso limitado à água potável segura. Atualmente, o continente está também a enfrentar uma diversidade de novos desafios adicionais, incluindo mudanças climáticas e os impactos da urbanização rápida e mal planejada. Mudanças climáticas e a contínua degradação de ecossistemas e recursos naturais só irão exacerbar os riscos para a saúde das populações Africanas.
Mais impactos diretos das mudança climáticas ocorrem através de eventos atmosféricos extremos, incluindo ondas de calor, secas, inundações e tempestades todos sentidos no continente nos últimos anos. Inundações também originam amplos efeitos na saúde indiretamente, incluindo impactos na produção alimentar, fornecimento de água, disrupção no ecossistema, surtos de doenças infecciosas e distribuição de vetores.
Adicionalmente, doenças transmitidas por vetores, doenças diarreicas e desnutrição são todas influenciadas pela variabilidade climática sazonal e prevê-se que piorem com o aumento das temperaturas. Já, cerca de 28% do fardo das doenças Africanas que são largamente dominadas pela malária, infecções respiratórias e diarreia, é significativamente atribuído aos fatores ambientais de risco.
Isto impõe custos económicos e sociais muito altos, tornando ainda mais difícil de alcançar objetivos de desenvolvimento relevantes, incluindo redução da pobreza e objetivos de saúde.
Análises prévias desta situação subestimaram os baixos níveis de consciencialização e vontade política que estão a dificultar os esforços para mitigar o impacto das mudanças climáticas na saúde humana. É necessária a comunicação clara sobre os problemas e potenciais soluções. Apenas através da compreensão dos mecanismos por trás destas interconexões entre clima- e saúde podem os governos Africanos introduzir intervenções eficazes para ajudar a reduzir os impactos negativos.