DE LIBREVILLE ATÉ AGORA

A HISTÓRIA DA DECLARAÇÃO DE LIBREVILLE

A Declaração de Libreville foi um incentivo para enfrentar os riscos ambientais para a saúde humana e integridade dos ecossistemas ao longo do continente Africano, incluindo os impactos na saúde consideráveis devido às alterações climáticas.

VISÃO GERAL DA DECLARAÇÃO DE LIBREVILLEMAIS RECURSOS

CONTEXTO PARA LIBREVILLE

Uma década passou desde que a primeira Conferência Interministerial sobre Saúde e Ambiente (IMCHE) culminou na adoção da Declaração de Libreville sobre a Saúde e Ambiente em África. Em Agosto de 2008, mais de 300 participantes de 52 países Africanos reuniram-se em Libreville, Gabão para participar da primeira de todas as conferências IMCHE.

O principal resultado dessa reunião histórica foi a adoção da Declaração de Libreville, que reconheceu que a saúde humana está intrinsecamente relacionada com o estado do ambiente. As nações participantes comprometeram-se com 11 ações prioritárias para analisar os desafios mais urgentes sobre a saúde e ambiente do continente. Pela primeira vez, os ministros da saúde e os ministros do ambiente reconheceram mutuamente que os problemas sérios que as pessoas e ecossistemas do continente enfrentam não poderão ser resolvidos através de ação dum único setor. A diversidade complexa e interconectada dos perigos e riscos exigiram o desenvolvimento de uma abordagem muito mais integrada na criação de políticas nos setores da saúde e ambiente. De forma a impulsionar o desenvolvimento social e económico, as causas originais da debilitação da saúde e das ameaças à integridade dos ecossistemas devem ser combatidas simultaneamente.

A reunião inaugural em Libreville resultou na criação da Aliança Estratégica entre Saúde e Ambiente (HESA). A HESA tem-se, desde então, tornado a base para planejamento de ações conjuntas coerentes para mobilizar as mudanças nos acordos institucionais e quadros de investimento que são urgentemente necessários para mitigar as ameaças ambientais para a saúde humana. Esta abordagem tem em conta os serviços que os ecossistemas fornecem ao bem-estar das populações humanas Africanas.

Na sequência da Conferência Libreville, a primeira Reunião de Parceiros para a HESA foi convocada para Windhoek, Namibia, em Fevereiro de 2009. Os convidados tomaram conhecimento do progresso feito em relativamente à implementação da Declaração de Libreville e formularam um roteiro em direção à Segunda Conferência Interministerial sobre Saúde e Ambiente em África. Em Novembro de 2010, ministros que participaram dessa reunião em Luanda, Angola, reiteraram o seu compromisso para com a declaração feita em Libreville. Três documentos importantes de grande significado político e institucional foram adotados, incluindo o Compromisso Luanda, que define as prioridades máximas do continente para a saúde e ambiente nos anos vindouros, e obriga os governos a tomar ações específicas daí em diante para analisá-las.

A terceira conferência IMCHE em Libreville, em novembro deste ano, terá como base o progresso de seus antecessores em abordar as interligações entre saúde e meio ambiente e os meios para alcançar o desenvolvimento sustentável e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas.